Nas planície da áfrica
Impala (espécie de gamo) com bom faro
Babuíno (Macaco) com visão super aguçada – Formam um sistema de alarme mútuo.
Zebras – com audição apurada
Avestruzes - também com visão aguçada – Formam um sistema de alarme mútuo.
-Baleias Jubarte ou Corcundas, mamíferos de 40 toneladas nadam sempre acompanhadas, para comerem elas fazem um balé para comerem o Krill (crustáceo semelhante ao camarão).
Já viram alguma vez pássaros como as:
Garças boieiras ou os búfagos sobre os dorsos dos antílopes, vacas, girafas, ou bois, bicando sua pele – em vez de incomodar, esses pássaros estão prestando um grande favor aos seus hospedeiros. Eles comem os piolhos, carrapatos e outros parasitas que os animais não conseguem remove-los sozinhos. Eles também comem tecido infectado e vermes. Os búfalos até mesmo assobiam para alertar seus hospedeiros de um possível perigo.
É claro que os peixes também atraem coisas indesejáveis, tais como crustáceos, bactérias externas, fungos e piolhos, bem como tecidos danificados e doentes. Para isso os peixes marinhos vão para uma estação de limpeza local. Ali, néon gobis, algumas espécies de labrídeos e camarões limpadores dão uma boa limpeza geral em seus dentes. Peixes grandes chegam a ter uma equipe inteira cuidando deles. Os clientes peixes têm várias maneiras para sinalizar que precisam de uma limpeza. Por exemplo: Alguns adotam posturas incomuns – cabeça para baixo, rabo para cima. Ou eles podem ficar com a boca e as guelras bem abertas, como se dissessem: “Entrem não vou morder”. Os limpadores imediatamente prestam-lhe esse favor, mesmo que seja um predador temível, como a moréia ou um tubarão. Alguns peixes chegam a mudar de cor durante a limpeza, talvez para tornar os parasitas mais visíveis.
“Nenhum organismo é uma ilha – cada um se relaciona com outros organismos, direta ou indiretamente.”
“Ecossistema” – essa expressão é bem apropriada, pois a vida é realmente um sistema de organismos interligados e interdependentes!
Isso é de arrepiar: Os humanos são parte muito importante dessa rede complexa. Em nosso trato digestivo há um exercito de bactérias benéficas que, sem serem notadas, trabalham para nos manter saudáveis, destruindo invasores prejudiciais e ajudando na digestão e na produção de vitaminas essenciais. Em troca, você, o hospedeiro fornece à bactéria comida e um ambiente propício.
Simbiose (Viver juntos)
Existem 3 categorias gerais de simbiose:
1- Mutualismo, quando ambos os organismos se beneficiam.
2- Comensalismo, quando um se beneficia sem prejudicar o outro.
3- Parasitismo, quando um se beneficia às custas do outro.
Você sabia que em um quilo de solo pode conter muito mais que:
- 500 bilhões de bactérias
- 1 Bilhão de fungos
- 500 milhões de criaturas multicelulares, de insetos a vermes.
Muitos desses trabalham juntos decompondo material orgânico – como húmus e excremento animal – enquanto extraem nitrogênio que convertem em formas que as plantas possam absorver. Também convertem o carbono em dióxido de carbono e em outros compostos que as plantas precisam para realizar a fotossíntese.
Leguminosas, tais como, alfafa, trevo, ervilha e soja, têm uma afinidade com as bactérias, por permitirem que elas “infectem” seu sistema de raízes. Mas em vez de prejudicar as plantas, as bactérias estimulam as raízes a produzir minúsculos nódulos onde se alojam e crescem até 40 vezes o seu tamanho, tornando-se bacteróides. Seu trabalho é “converter” nitrogênio em compostos que as leguminosas possam usar. Em troca as bactérias recebem alimentos das plantas.
Parcerias para reprodução.
Quando uma abelha pousa sobre uma flor, ela entra numa parceria simbiótica com sua hospedeira. A abelha recebe néctar e pólen, ao passo que a flor pega um pouquinho do pólen de outras flores da mesma espécie. Essa associação possibilita a reprodução das plantas floríferas. Depois de polinizadas, as flores param de produzir alimento. Como os insetos sabem que a comida acabou? As flores tem várias maneiras de lhes “dizer” isso. Pode ser que elas percam o cheiro, deixem cair as pétalas, ou mudem de direção ou cor – talvez perdendo a vivacidade. Talvez isso nos desaponte, mas é um ato de grande “cortesia” para com as laboriosas abelhas, que podem concentrar seus esforços nas plantas que ainda estão disponíveis para a troca de serviços.
Em anos recentes, o número de polinizadores, especialmente as abelhas, diminuiu vertiginosamente em algumas regiões. Essa é uma tendência sombria, pois quase 70% das plantas floríferas dependem de insetos polinizadores. Além disso, 30% do nosso alimento vêm de safras polinizadas por abelhas.
Parceria vivendo perigosamente.
Se você fosse um pássaro, nunca traria uma cobra viva para viver em seu ninho, não é verdade? No entanto, é exatamente isso o que uma espécie de coruja faz, a Otus asio. A cobra é chamada de cobra-cega. Em vez de prejudicar os filhotes, ela come formigas, moscas, e outros insetos e também suas larvas e pupas. Segundo uma reportagem da revista New Scientist, os passarinhos crescem com a cobra-cega no ninho “se desenvolvem mais rápido e têm mais probabilidade de sobreviver” do que os que foram criados sem a companhia desse aspirador vivo.
Uma ave da família dos burinídeos não se mistura com uma simples cobra, ela gosta de construir seu ninho perto do ninho do crocodilo-do-nilo, um réptil que caça alguns pássaros. No entanto em vez de se tornar refeição, esse pássaro atua como sentinela. Caso seu ninho ou o ninho do crocodilo seja ameaçado, o pássaro solta gritos de aviso. Se o crocodilo estiver ausente, os gritos o farão voltar depressa.
Uma aula de cooperação.
Dois aviões a jato voavam pelo céu como pássaros em formação compacta. Mas não era um vôo de rotina, era uma experiência científica com base em estudos anteriores realizados com pelicanos. Os pesquisadores haviam constatado que os pelicanos que voam em formação ganham impulso extra dos que voam à frente, resultando numa redução de 15% nos batimentos cardíacos em comparação com seus batimentos quando voam sozinhos. Será que as aeronaves poderiam se beneficiar dos mesmos princípios aerodinâmicos?
Para saber a resposta, um grupo de engenheiros preparou um avião-teste com equipamento eletrônico sofisticado que possibilitava ao piloto manter um avião em distância de 90 metros (com uma variação máxima de 30 centímetros) em relação ao avião que estava à frente. Qual foi o resultado? O avião sofreu 20% menos resistência e queimou até 18% menos combustível. Os pesquisadores acreditam que essas descobertas podem ser usadas tanto em aviões militares quanto civis.
A única fonte de desarmonia.
É realmente o fato de os seres humanos não cooperarem com o mundo natural. Ao contrário dos animais, que são basicamente governados pelo instinto, as pessoas são influenciadas por uma variedade de fatores, que vão desde o amor e outras qualidades salutares ao ódio e o egoísmo.
Revista: DESPERTAI de setembro de 2005.
Matéria muito utilizada nos cursos e palestras que realizei no norte do paraná.